Nas águas do Amor
Banhando o lindo seio em minhas águas,
A bela criatura não sabia
Que em braços destas braças minhas rias
As lágrimas corriam, minhas mágoas...
Vertido neste rio que, em cascatas,
Amor não permitiu felicidade,
Ao ver a triste chama da saudade
Em meio a minhas dores fluo em matas.
Depois desses milênios solitário,
Revejo uma esperança na nudez
Nos carinhos que faço em bela tez
Nos beijos que transbordo, temerário...
Em meio a meu desejo temo enchente
Embora se secarem os meus olhos,
Alegrias vertendo, como em molhos
Talvez do triste rio, vire gente.
E abrace tão formosa criatura
Fazendo destas luas novos trilhos,
Das lágrimas nascendo nossos filhos,
Minha alma verterá água tão pura...
MARCOS LOURES
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