A
MORTE SE APROXIMA
A morte
se aproxima, e disso eu sei,
O fim
que na verdade tanto anseio,
Não
mostra em minha face algum receio,
Havendo
ou não havendo nova grei,
A vida
se renova; eterna lei,
Aqui
somente um passo, quase um veio
A ser
seguido sem estar alheio
Ao quanto
eu aprendi e após terei.
Uma
coisa de fato, eu quero e exijo,
Dar
em minha morte um regozijo
A quem
me ofereceu a própria vida,
Um corpo,
mesmo inútil, estando inerme,
Ao nobre
comensal, sublime verme,
Sem
crematórios, carne apodrecida...
MARCOS
LOURES
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