ATÔNICA
Um
templo à hipocrisia sendo erguido
A cada
farsa feita impunemente,
E o
tempo sem limites, um demente
Restando
o quanto houvera, destruído.
A fonte
dos prazeres, a libido,
O corpo
seduzido, a frágil mente,
Amor
que na verdade sempre mente
Restando
o quanto agora enfim me olvido.
Lavando
minha culpa, na charneca
Que
tanto me entranhando, alma defeca,
Querendo
alguma luz clara e sincrônica,
Pedaços
seguem soltos, são meus rastros,
Durante
ou quando estive, foram lastros,
Inconcebível
face, morta, atônica...
MARCOS
LOURES
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