PURGANDO
Vencido pelas
mágoas, nada levo,
Senão as rudes
marcas, cicatrizes,
E quando em falso
riso contradizes
Deslizes formam
túmulo longevo,
Após a tempestade,
se eu me atrevo,
A queda se
mostrando em dias grises,
Os olhos mais
amargos e infelizes,
O câncer
derradeiro, o infarto eu cevo.
Olhando para trás o
que hoje vejo?
Uma alegria feita
algum lampejo
Jogado sobre imensa
escuridão,
A turbulência gera
outra farsante
Noção de benefícios
de um purgante,
Purgando com
terror, a solidão...
MARCOS LOURES
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