ROSAS NO CUME NASCEM
Na imensa cordilheira que há em mim,
Plantando uma esperança desairosa
Quisera cultivar verbena e rosa,
Fazendo desta escarpa meu jardim.
O tempo eterno frio é tão ruim
E a vida que é decerto caprichosa
Embora nos meus sonhos majestosa,
Matando esta alegria de onde vim
Um velho jardineiro ainda crê
Que possa transformar esta aridez
Na perfumada senda em que se fez
O mundo que sonhara, mas não vê
E embora neves fartas lá se tracem
As rosas nas montanhas inda nascem...
MARCOS LOURES
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