SATÃ
Satânica ilusão, cevando uma alma,
Que um dia desejou felicidade,
Somente a tempestade ainda acalma,
Quem vaga pelas noites da cidade.
Erguendo o mesmo brinde à louca sorte,
Entrego-me aos demônios, sem defesa,
Aguardo ansiosamente a minha morte,
Servir em tal banquete, sobremesa.
Orgástica festança toma o inferno,
Sonoras gargalhadas de bacantes,
Em meio a tal tumulto; a barca aderno,
Mergulho em tais orgias fulgurantes
Olhando bem distante, em louco afã,
A imagem soberana de Satã.
MARCOS LOURES
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