TRANSFORMAÇÃO
Quisera transformar a humanidade,
Andando nos esgotos e sarjetas,
Fugindo desta insana claridade,
Entrando nos bueiros, suas gretas.
A podridão recende à realidade,
O corpo carcomido das ninfetas
Vendido nas esquinas da cidade,
Mostrando com vigor velhas facetas
Do humano coração, súcia imperfeita
Que traz a demoníaca emoção,
Lavrando formidável sensação
Da qual a nossa carne já desfeita
Esmera-se na pútrida promessa
Que a cada novo parto recomeça...
MARCOS LOURES
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