AQUÉM
DA COTA
Um
coração por vezes se atrapalha
Enquanto
a mente segue em novo prumo,
Bebendo
da ilusão inteiro sumo
O
fogo tantas vezes é de palha,
Acordo
e percebendo a cordoalha
Navego
sem saber o quanto arrumo
E
bêbado de luz, eu me consumo,
Resumo
minha sorte noutra falha,
Esqueço
de seguir quando pudera
Imaginar
domínio sobre a fera
Que
espera atocaiada e não se cansa,
Depositando
a fé noutro agiota,
O
sonho se perdendo aquém da cota
Vitória
se resume em vã lembrança...
MARCOS
LOURES
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