domingo, 12 de outubro de 2014

NOITE FRIA E SOLITÁRIA


NOITE FRIA E SOLITÁRIA

A noite sendo fria e solitária
Reflete o que percebo a cada ausência
Do amor já não concebo uma anuência
A sorte tantas vezes procelária, 

Aprendo a caminhar em treva vária
E bebo com terror tanta inclemência, 
Condeno-me deveras à demência
Aonde poderia solidária,

Minha alma em cicatrizes, tatuada, 
Perpetuando a noite mais nublada,
Expondo em grises tons realidade, 

E sem saber de um dia aonde tenha
Seara que decerto me convenha,
Não vejo neste mundo o que me agrade.


MARCOS LOURES

Nenhum comentário: