quinta-feira, 6 de outubro de 2011

MEMÓRIA

Memória, crudelíssimo carrasco,
Termômetro de quantos vendavais...
História, vai girando seu fiasco,
Num tom sobre tom, marca, contrafaz...

Colibri, pirilampo, país basco,
Sonoridades sépias, nunca mais...
No paralelepípedo, meu casco.
E, vergonhosamente, tudo trais...

Beija-me muito, quero contra-sensos,
Acender aos celestes magazines...
Meus sábados, domingos são imensos...

Na praça, atenção: todos esses cines,
Passarão mesmo filme, são pretensos...
Não há tino, nem cetro, desatines...

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