Bêbado da saudade de Maria,
Vou fechando boteco após boteco.
Noite raia, clareia novo dia,
Os meus passos trocando, paro, breco.
Saberei do conhaque, tanta orgia,
Meus suores e lágrimas, eu seco.
Eu confundo verdade e fantasia,
Nem deu tempo: saí com meu jaleco.
O meu nome estampado, qual crachá,
Denuncia que estou de sobreaviso.
Dane-se, quem irá se preocupar?
Pelas escadas, caio, vou, deslizo;
Pior, essa cachaça é d’amargar!
Morrer agora é tudo que eu preciso!
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