Nessa tristeza sinto, mesa e bar,
Distâncias se completam na aguardente;
Quem me dera, poder, tão de repente,
Rever aquela boca, faz voar...
Minha cabeça roda, sem parar,
Despeço-me da pútrida serpente.
Nesse bar, melancólico e demente,
As cadeiras vazias, meu lugar...
Amei demais e sinto que perdi,
Não tenho outra verdade; pois, sem ti,
Que farei do que resta mais de mim...
Na pele, tens delícias de cetim,
Na boca, sutileza do carmim...
Pudera recordar o que vivi!
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