quinta-feira, 6 de outubro de 2011

06/10/2011

1

Desvenda tantas lendas no caminho
A sorte que buscara sem sucesso
E sei do quanto possa e recomeço
Vivendo cada passo mais mesquinho

Resumo a solidão quando me alinho
Tentando no final qualquer progresso
E tanto quanto eu quero ora confesso
E bebo da esperança o ledo vinho.

Redondamente a vida não traria
Sequer o quanto possa em fantasia
Marcando com terror o que não veio,

Somente a solidão se expressa quando
O verso noutro rumo destoando
Matando o quanto pude em devaneio.


2

O quanto eu te desejo sensual
Vagando noutro rumo intermitente
E sei do descaminho que oriente
O rústico cenário sempre igual,

A farpa penetrando em ritual
O verso se moldara ora inclemente
E o tanto quanto quis dita o demente
Cenário tantas vezes mais venal.

Arcando com meus erros sigo em após
Tentando adivinhar a dura foz
Sem ter qualquer proveito disto tudo,

Cerzindo com vigor a fantasia
Que nada neste rumo poderia
Enquanto com certeza me transmudo.

3

Acende em explosão cada pavio
E o vértice transforma em negação
A luta que se faça sempre em vão
Marcando com terror tal desvario,

E sei que simplesmente desafio
Sabendo da terrível dimensão
Afino sem saber diapasão
O tempo noutro enredo, ledo fio.

Acolho tão somente a mesma falsa
Palavra que talvez siga descalça
Vagando sem sentido em tal cenário,

O peso que pudera suportar
Não tendo noutro passo a desviar
O verso que se mostre solitário

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