sexta-feira, 7 de outubro de 2011

.07/10/2011

No canto que se mostra fascinante,
Apenas discordando do que resta
A sorte se desenha mais funesta
E nisto traduzisse o ledo instante.

O corpo já desnudo e provocante
A lua ao adentrar em cada fresta
Traduz o quanto a vida dita em festa
E um novo amanhecer tenta e garante.

Não vejo cada farsa como fosse
Apenas um cenário bem mais doce,
Sabendo desta queda inevitável.

O prazo determina o fim de tudo
E sei quanto pudera e mesmo iludo
O sonho noutro rumo demonstrável.

2

Encantos que eu coleto vida afora
Já não me bastariam, mesmo assim
O tanto quanto busco dentro em mim
No delirar diverso me apavora,

A sorte se desenha e revigora
O tanto anunciado e sei do fim
Gerado pelos sonhos em festim
E nada do que pude ainda ancora

O verso sem sentido e sem razão
A luta traduzindo em dimensão
Diversa; o quanto pode ser bem mais.

Ausento-me decerto e nada vendo
O marco não seria este estupendo
Cenário envolto em versos sensuais.

3

A lua sorridente em rara prata
Desenha a mais sutil felicidade
E nisto cada passo sempre agrade
Quem tanto uma esperança ora resgata;

A farsa se anuncia e sei da ingrata
Versão que sonegasse a claridade
Deixando para trás a liberdade
Ao adentrar deveras tal cascata.

Reparo quando a noite em diadema
Trazendo constelar caminho além
E sei quanto pudera sem que tema

A dura sincronia que ora vem
Marcando a direção que tanto trace
A vida no que possa em ledo impasse.

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