Agrestes
Não venhas me dizer do quanto um dia
Eu pude arrebentar tuas correntes,
No fundo o que mais quero e tu desmentes
Apenas noutro tom perceberia,
A vida perpetua em tal sangria
Momentos tão diversos, penitentes,
E os olhos quando os tive transparentes
Somente esta verdade se veria,
Arcando com enganos costumeiros
Apodrecendo enfim nossos canteiros
Os dias derradeiros tu me destes,
Os solos mais sublimes esquecidos
E os sonhos entre tantos revolvidos
Terrenos que cultivo, sempre agrestes...
LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário