jogral
Vesti a fantasia que me coube
A vida foi jogral, eu fui palhaço.
Quem sabe esta saudade inda me roube
Se bem que não deixou o menor traço
De vida que pudesse ser meu barco
Em busca de outros mares mais saudáveis.
O sonho que vivi, talvez bem parco,
Morreu em outros sonhos intragáveis...
A boca prometida nunca veio,
Nem menos o que fui, passou aqui.
Do canto que pensara ser esteio,
No seio de quem quis e já perdi...
Apenas me sobrando essa verdade
No gosto tão amargo da saudade...
marcos loures
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