Mera Ausência
Não mais que a mera ausência do que fora
A luta sem sentido, vã batalha,
E quando noutro senso o tempo espalha
A farpa mesmo assim demolidora,
O vértice se faz em submissão
Imerso no passado sem sentido,
O verbo marca o tempo decidido
Nos dias envolvidos noutro não,
Perniciosa farsa, tão nociva,
A velha sensação em rude alarme,
Ainda quando a vida nos desarme
O sonho sem fulgor retorna e priva
Gerando outra tempesta além daquela
Que o próprio desandar traça e revela.
Marcos Loures
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