Desalento
Já não cabe sequer qualquer alento
Nem mesmo quando seque a fonte e eu veja
A sorte desdenhosa em tal peleja
Que embora mais distante, eu alimento,
Não possa traduzir um só momento
Enquanto a velha estrada se deseja
Marcando mesmo quando mais não seja
O todo que resume o pensamento,
Ocasos entre caos e medo enquanto
Ousasse acreditar no raro encanto
Que tanto poderia ser além
Do mundo que disperso em vago espaço
E sei do quanto sobra e mesmo escasso,
Apenas o vazio me convém...
Marcos Loures
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