AUTO-RETRATO
Apenas desespero e nada mais
Enquanto o quanto quis nunca viera
A senda noutro tempo destempera
E gera os dias toscos e venais.
Ousando em esperanças, outonais
Momentos assassinam primavera,
E o vento noutro tom ditando a fera
Que espera atocaiada, erros fatais,
Garrafas esvazio e a noite passa,
A vida se mostrando rota, a traça
Demole o que restara do castelo,
Não tendo nem pensando em amanhãs
Apenas nos espelhos, rudes cãs,
Demonstram o que resta e te revelo...
Marcos Loures
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