Naufrágio
Vestígios do que fora humanidade
Imersos entre enganos, miopia,
A vida se presume a cada dia
No quanto se desnuda em crueldade,
E quando uma esperança enfim se evade
E a luta com certeza não traria
Senão a mesma face mais sombria
Que possa sonegar a liberdade,
Enclausurando o tanto que inda resta
A face mais amarga e tão funesta
Retrata o quanto somos e seremos,
Ao menos poderíamos, quem sabe,
Bem antes que este todo em vão desabe,
Porém não temos barcos, sequer remos...
Marcos Loures
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