quarta-feira, 11 de abril de 2012

PERDOE, MEU AMOR

PERDOE, MEU AMOR

Desculpe meu amor se te mostrar
A face que não sabes que inda tenho.
O gosto da amargura em meu olhar
Mostrando a realidade de onde venho.

Eu venho dos famintos campos tantos,
Nas terras das Gerais, exploração.
Sem seca mas distintos desencantos
Mostrando essa dureza em nosso chão.

Do povo tão sofrido, quase gado,
Vivendo na cruel semeadura.
Achando que viver é triste fardo,

A pedra que cultiva, sempre dura.
Eu venho das montanhas brasileiras
No sonho e na minha alma, as trincheiras!

MARCOS LOURES

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