domingo, 15 de julho de 2012

Nada Após

Nada Após

Presume com o quanto inda pousasse
Além deste horizonte que ora vejo,
A solidão expressa noutro ensejo,
E nisto a mesma ausência em desenlace,

Restauro o meu caminho embora ousasse
Acreditar no sonho, eu nada almejo,
Somente o quanto venha num lampejo
Tripudiando sobre o que alcançasse.

Apresentando enfim novas escusas,
As tramas que deveras sei quando usas
Obtusas esperanças seguem sós,

E embora seja assim o quanto fora,
A farsa se mostrando tentadora,
Não deixa que se veja nada após.

Marcos Loures

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