Sem mais sentido
Não quero o que pudesse recender
Ao turbulento mar que me trouxeste,
E vendo este cenário torpe e agreste,
Ausento-me de fato do prazer,
Negando o quanto reste inda a se ver,
O verso mais diverso que me deste,
A súbita expressão ditando a peste,
O mundo pouco a pouco, apodrecer,
Em tenebrosas sendas, meu futuro?
E quando sem sentido algum procuro,
Jamais encontraria o prometido,
Medonhas labaredas, ermos passos,
E os dias mais felizes, tão escassos,
O tempo se desfaz sem mais sentido.
Marcos Loures
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