IMENSO
ABISMO
Amores
esquecidos, templos rotos,
Contemplo
meus pedaços pelo chão
E
sei que novos passos não trarão
Os
sonhos derramados nos esgotos,
Remota
fantasia agora morta
A
porta se entreabrisse e não recebo
Sequer
algum alívio qual placebo
E
a sorte a cada engano me deporta.
Resvalo
em meus diversos erros quando
Presumo
novo sumo e nada resta
Senão
a farsa audaz que tudo empesta
A
festa em turbulência se moldando.
Os
vértices se invertem quando cismo
Cinismos
convergindo, imenso abismo...
MARCOS
LOURES
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