domingo, 7 de julho de 2013

IMENSO ABISMO



IMENSO ABISMO

Amores esquecidos, templos rotos,
Contemplo meus pedaços pelo chão
E sei que novos passos não trarão
Os sonhos derramados nos esgotos,

Remota fantasia agora morta
A porta se entreabrisse e não recebo
Sequer algum alívio qual placebo
E a sorte a cada engano me deporta.

Resvalo em meus diversos erros quando
Presumo novo sumo e nada resta
Senão a farsa audaz que tudo empesta
A festa em turbulência se moldando.

Os vértices se invertem quando cismo
Cinismos convergindo, imenso abismo...

MARCOS LOURES

Nenhum comentário: