domingo, 7 de julho de 2013

SAUDADES QUE EU HERDEI


Saudades que eu herdei...

Saudades que eu herdei de Portugal,
Nos pesadelos tristes, tão medonhos...
A sorte que carrego no embornal,
Traduz-se fragilmente nos meus sonhos...

Nos mares que navegas, perco o sal,
O sal da terra, brilhos tão tristonhos...
Amásio da saudade, um ser carnal,
A se despetalar, perfis bisonhos...

Crateras esmiúço procurando
Um rastro que me leve ao deus Plutão...
O tempo vai passando, devorando

Meu reino coroado, qual Creonte,
Perdido... Não concebo teu perdão.
O tempo se nublando no horizonte...


MARCOS LOURES

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