A
noite sendo fria e solitária
Reflete o que percebo a cada ausência
Do amor já não concebo uma anuência
A sorte tantas vezes procelária,
Aprendo a caminhar em treva vária
E bebo com terror tanta inclemência,
Condeno-me deveras à demência
Aonde poderia solidária,
Minha alma em cicatrizes, tatuada,
Perpetuando a noite mais nublada,
Expondo em grises tons realidade,
E sem saber de um dia aonde tenha
Seara que decerto me convenha,
Não vejo neste mundo o que me agrade.
MARCOS LOURES
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