OCASOS
Ocasos costumeiros de quem sonha
Devaneios apenas nada mais,
E tanto poderia mais banais,
Mas quando a cena exposta é mais medonha,
Ocasos costumeiros de quem sonha
Devaneios apenas nada mais,
E tanto poderia mais banais,
Mas quando a cena exposta é mais medonha,
Riscado do papel qualquer figura
Que ainda possa dar forma ao que canto
E tanto se mostrasse em medo e espanto
Diverso do que em mim, tolo, perdura,
Acenos do futuro se perdendo,
Negando cada passo rumo ao que?
O todo se desfaz, uma alma vê
Apenas no vazio o dividendo,
Herdeiro deste nada; o mesmo deixo,
Por vezes eu reluto, e inútil, queixo...
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