sexta-feira, 10 de outubro de 2014

SEM TER SENSO

Tanto sorriso exposto sem ter senso,
Em tal sentido inverso aos meus desejos.
Se quis, não fora simples, nem imenso,
Teve essa dimensão, são benfazejos.

Nos ínfimos detalhes, sempre penso,
No que não poderia falsos beijos,
Por onde andaria? Fico tenso
Imaginando luzes, teus lampejos...

Se nesse gargalhar, me trazes luto,
É que, embora vagão, conheço o trem.
Não venhas me dizer que sou tão bruto,

Bem sei que depois, sabes o que vem,
Minhas melancolias; sei, amputo...
Não restando mais nada nem ninguém...


MARCOS LOURES

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