Assombros tresloucados dizem tantos,
Farturas em banquetes; vejo agora.
O todo dominando; e a vida só decora,
Recolho meus enganos, desencantos,
Ondulo sobre os vagos fartos prantos,
E nada mais pudesse e não ter hora,
A sobra se desdenha e me deplora
Os olhos perfurados, meros mantos.
Os tempos que buscara, velhos rastros,
Encontro meus momentos e sagrados,
Os versos se perdendo, meus legados,
Buscasse no infinito novos astros,
E rasgo com meus passos tempestades,
Tomando pelos campos e as cidades...
MARCOS LOURES
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