Deleto todo sonho e nada soma,
Meu marco se transforma noutro vão,
E quero perceber novo verão,
E o todo meramente, tudo assoma,
Espumas dos meus olhos, e toma
A luta recomeça a cada queda.
Pagar deveras toda esta moeda,
E o tempo na verdade, traz o coma.
Reparo cada passo e nada veio,
Amores sem destino, ainda anseio,
E vejo mansamente o vendaval.
Quem sabe algum descanso seja assim.
Pudera despertar o quanto em mim,
A roupa da esperança sem varal...
MARFCOS LOURES
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