Cabendo em minhas mãos, momento em verso,
Que possa traduzir além da paz.
O todo se perdendo e nada traz
Somente este vazio sigo inverso.
E quantas vezes pude no reverso,
Transformo minhas mãos e vou audaz.
Ainda que desenhe ser mordaz,
O mundo se presume e sou disperso.
Negar as fontes tantas que eu queria,
As farpas penetrando até venha,
A cada passo outra contenha,
E sendo o quanto alheio, perco o dia,
Vivendo por viver sem ter, e sigo só.
Reparto a cada corte, e volto ao pó...
MARCOS LOURES
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