Imensa solidão, percebo abismo,
E vejo para sempre o quanto havia,
Deixando sem sentido o novo dia,
Vagando sem destino, assim eu cismo.
Recebo do cenário outra falácia,
Um verme desejando alguma luz,
O tempo noutro engodo reproduz,
E a vida desenhando com audácia.
Jamais me imaginasse o quanto reste,
Uma alma se calada, sem os véus,
Os dias; dita a calma, e busco aos céus,
O todo que quisera e não vieste.
Mas sinto o quanto vejo escuridão,
De tanto que eu queria, o mesmo não...
MARCOS LOURES
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