Fazemos de palhaço e na verdade,
O mundo se percebe o fim da feira,
E posso desenhar, o quanto queira,
A vida se perdendo em liberdade.
O corpo apedrejado, segue tarde,
Deixando sem destino, noutra beira,
A marca penetrando, tal sujeira,
Fogueira da esperança, apenas arde.
E nesta imensidão, a lamaçal,
Reinando toda a fúria, são boçal,
Expressa exatamente o mesmo vago,
Pensar é libertar, e disso, eu sei,
E quanto tempo; tive, e concebei,
Porém a rapineira? Jamais afago.
MARCOS LOURES
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