A cruz abandonada no caminho,
Traduz a sorte; morte sem perdão.
Quem passa e nem percebe e vai sozinho,
Riscando pelas trilhas, novo chão.
Mal sabe que viveu, nesse sertão,
A dona dos meus olhos, meu carinho,
Razão de vida, pobre coração.
Que teima , vai batendo, passarinho...
Essa cruz foi fincada por alguém,
Que nunca poderia imaginar;
Que ela também fora meu triste bem.
Mas, meu Deus, nunca posso revelar,
Nem a Ti, nem sequer mais a ninguém,
Esse amor, segredado num luar...
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