A liberdade, sonho principal,
De quem, menino, conheceu pobreza.
Para quem já viveu descomunal
Miséria; só constante uma incerteza
A sorte nega a cena capital
E nega até comida, sobre a mesa.
A noite mal dormida, é usual.
A vida contra a fúria em correnteza
Liberdade, poder comer da fruta,
Flutuando o prazer; velha labuta,
Conhecendo o futuro sem ter medo.
Saber que, lá bem longe, sem segredo,
Não há somente o mal, raposa astuta.
Quem me dera, essas feras no degredo!
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