Em vão
Não mais comportaria outro cenário
Envolto pelas trevas do passado
E quando o tempo molda o desregrado
Caminho tanto quanto imaginário,
Meu verso se mostrara temerário
E sei do que deveras já degrado
E bebo a solidão, mesmo calado,
Tentando algum diverso itinerário.
Restasse do que eu fora muito pouco,
Apenas sem sentido me treslouco
E risco cada página do futuro
Na agenda sem sentido que me deste,
A morte em plena sorte e reveste
Enquanto uma saída, em vão, procuro...
Loures
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