Os sons de uma esperança
Perpetuando em mim algum inverno,
Depois de imaginar a primavera,
Não vejo e nem teria outra sincera
Palavra que trouxesse um rito terno,
E quando em cada verso; a dor, externo,
Jamais nova emoção inda se espera,
Apenas noutro bote a mesma fera
Cenário tão velhusco quão moderno.
Restauro os meus enganos, sigo em frente,
E mesmo quando em vão volte e fomente
As sombras do passado, ora invencíveis,
E traço em paralelas, vida e morte,
Não tendo qualquer luz que me conforte,
Os sons de uma esperança; imperceptíveis...
Marcos Loures
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