Antes que a morte...
Aflitos caminheiros; noite afora,
Buscando qualquer porto, algum boteco,
E quando noutro instante além eu peco,
A própria punição me revigora,
Bebendo cada sonho desde agora,
O verso noutro tom, o mundo seco,
E arisco delirar em repeteco
Eclode no que viva desde outrora,
Amar e ser além do mero encanto,
Rasgar as ilusões, seguir adiante,
E quanto se pudera e se levante,
Mergulho no cenário enquanto canto,
Vestindo a fantasia que me caiba
Antes que a torpe morte mesmo saiba...
Marcos Loures
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