quinta-feira, 26 de julho de 2012

Outonos...

Outonos...

Verdade que, outoniça, não se deixa
Levar pelo vigor da primavera,
E quando novo instante não se espera,
Apenas encontrasse a velha queixa,

E quando uma esperança se desleixa
Moldando noutro engodo e destempera
Restando quase nada de quem era
A sorte se embalando em sutil deixa,

Negar o claro outono quase inverno
E quando noutro insano mundo interno
Um terno desenhar se faz sem nexo,

E tanto quanto pude imaginar
O tempo sem descanso a nos levar
Trazendo outro temor que em dor anexo...

Marcos Loures

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