quinta-feira, 26 de julho de 2012

DISTANTE

DISTANTE

Distante de meus rios e pomares
Pudesse discernir claras estâncias
Aonde por maiores as distâncias
Diversos os caminhos navegares,

Ao menos se tivessem mais luares
Talvez já não houvesse discrepâncias
Nem mesmo quando tantas as vacâncias
Dos sonhos em dispersos exaltares;

Acordo deste sonho, a voz altiva
Dizendo da penumbra esta água-viva
Que tanto percebera em claridade,

Nefasta sombra dita o meu presente
E quando a solidez maior ausente,
Apenas o terror do ser me invade.


MARCOS LOURES

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