MINHA COMPANHEIRA
A morte, companheira mais dileta,
Deitando em minha cama, pede abraço.
E cerra com meus dias, forte laço,
Se torna derradeira e predileta.
Não tenho nessa vida, uma outra meta
Que trague novamente um bom regaço.
Seguindo calmamente passo a passo,
No fim da dura estrada me completa.
Das coisas que da vida levarei,
Encantos e quimeras, dor e fado.
Perdendo depois tudo o que ganhei,
Morrendo simplesmente sem passado.
Meu nome restará em desabrigo.
Apenas nas lembranças de um amigo!
MARCOS LOURES
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