Espinho e flor
A morte a cada passo se anuncia
Nas tantas ilusões, prisões da sorte
E nada que pudesse ou nos conforte
Traduza o renascer de um novo dia,
Versando sobre o quanto não teria,
Apenas se desdenha em vão suporte
O todo sonegando algum aporte
E a luta mais ferrenha se veria,
Serviria pelo menos como porto
Deixando para trás o sonho morto
Exposto nos anseios de uma dor,
Negar o quanto amor tramasse enfim
Vivendo a solidão que existe em mim,
Marcando com terror espinho e flor.
Marcos Loures
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