Tecelão
O amor qual tecelão atando em nós
O quanto se deseja e não desdenha,
A sorte reconhece corte e senha,
E o mundo se deixara atrás e atroz,
O passo mais audaz, vivo e veloz,
O manto se anuncia e sempre tenha
A força que se molde mais ferrenha
Trazendo este infinito logo após,
Aposto meus anseios no teu gozo,
E quantas vezes sendo caprichoso
O tempo se desnuda em farsa e tédio,
Mas quando remedias com teus olhos
Os medos espalhados nos abrolhos,
Tu teces da esperança imenso prédio...
Marcos Loures
Nenhum comentário:
Postar um comentário