quinta-feira, 26 de julho de 2012

Tecelão

Tecelão

O amor qual tecelão atando em nós
O quanto se deseja e não desdenha,
A sorte reconhece corte e senha,
E o mundo se deixara atrás e atroz,

O passo mais audaz, vivo e veloz,
O manto se anuncia e sempre tenha
A força que se molde mais ferrenha
Trazendo este infinito logo após,

Aposto meus anseios no teu gozo,
E quantas vezes sendo caprichoso
O tempo se desnuda em farsa e tédio,

Mas quando remedias com teus olhos
Os medos espalhados nos abrolhos,
Tu teces da esperança imenso prédio...

Marcos Loures

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