Pálido delírio
Num pálido delírio onde; mormente,
Escravo dos meus vagos deslindares,
E neles outros tantos singram ares
No quanto se desdenha enquanto sente,
Ausente do cenário, o mais demente
Anseio aonde em luzes tu declares
Os mortos e insalubres vãos altares,
Atando-me de fato em tal corrente,
Negar auspício a quem se fez do nada,
A fronde mais superna desdenhada
E apresentando ao menos o que forja
Esta aversão profícua e até profana,
Porém noutro arremedo a sorte engana
E bebo de minha alma uma horda, corja...
Marcos Loures
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