Banais
Refletes os defeitos que consomes
Espero novo tempo quando vejo
A luta se moldando em novo ensejo
E sigo sem sentido aonde somes,
Mergulho nos vazios e nada domes
Cerzida solidão em tom sobejo
Vagando no momento em rude ensejo,
Não deixas sequer rastros, tramas, nomes,
Exímio sonhador se faz poeta
E a vida noutra insânia se completa
Alentos são mentiras, nada mais,
Descansas entre pedras e rochedos,
Meus dias se anunciam mortos, ledos,
E os passos quando muito são banais.
Marcos Loures
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