Distante dos Teus Olhos
Distante dos teus olhos nada trago
Sequer o quanto quis e não soubesse
Ainda quando o tempo me enlouquece
Eu bebo a solidão em falso afago,
Esqueço o dia a dia e neste lago
Tentando acreditar numa benesse
O mundo sem sentido a vida esquece,
E o verso se presume em mais um trago,
Estragos entremeiam luz e brilho,
E quantas vezes tento e mesmo trilho
Um andarilho morto, outro cenário,
Nas vestes que revestem esperanças
Ao menos sem defesas tu me lanças
E sigo outro caminho imaginário...
Marcos Loures
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