ALÉM
DO CAIS
Jamais
me imaginasse além do cais,
O
barco se perdendo sem um norte
Capenga
caminheiro em ledo aporte
O
corte prenuncia o nunca mais,
Ainda
quando houvesse em dias tais
Momentos
mais alegres, vida aborte
O
templo destruído, eu bebo a morte
E
faço em ironias meus metais,
Arquétipos
de tempos não vividos,
Os
olhos envolvendo os desvalidos
Rincões
de uma esperança ao fim agônica.
Nefastas
luzes dizem dos velórios
E
os olhos entre estrelas são simplórios
Reflexos
de uma luta desarmônica...
MARCOS
LOURES
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