UM
PASSO CLAUDICANTE
Uma
palavra dita, um novo enfado,
A
forma se deforma e traz o vago,
Enquanto
entre vazios eu naufrago
Bebendo
velhas gotas do passado,
O
peso noutro engodo desenhado,
A
mansidão audaz de um velho lago
Em
busca do que fosse algum afago
Alago
meu anseio em vão pecado.
Besunto
minha pele com a fúria
De
toda insensatez como se incúria
Trouxesse
um doce alento e vejo em cena
A
sórdida expressão, invalidez,
E
o quanto ainda houvera se desfez
E
o claudicante passo me condena...
MARCOS
LOURES
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