CANTAR UMA ESPERANÇA
Cantar uma esperança; eu desejava.
Num peito que não tanto maltratado
Ouvindo da alegria algum recado,
Bem mais que meramente fogo e lava.
Uma alma não se faça ao fim escrava,
O verso pode estar embolorado,
O canto tanto tempo ultrapassado,
O novo nem de perto imaginava.
Ausente de esperança, eu sigo à morte,
Que tanto se faz rude, doce corte,
Aporte inigualável, pois sensato.
Um mar quando abortado não ressente,
Expressa algum retorno e até demente,
Inverso, bebe a fonte de um regato...
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