domingo, 19 de outubro de 2014

QUEM NÃO VIVEU, NÃO ACREDITA

QUEM NÃO VIVEU NÃO ACREDITA

A fome saciada, um campesino,
Olhando para trás vendo a chibata,
Talvez perceba o quanto se arrebata
Ousando no futuro, esse menino.

Porém quem não conhece o desatino
Da vida quando feita em rude lata,
Ao ver alguma luz, na lua prata,
Jamais imaginasse o sol a pino

Quem não bebeu da fonte envenenada
Não sabe do passado quase nada,
Ou finge que não sabe, crê ser lenda.

Pisando sobre folhas outonais,
A primavera vendo estes florais
De seca nem miséria mais entenda...


MARCOS LOURES

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